Essa é a dúvida de quem já viu ou vê um familiar ou amigo próximo lidar com esse desafio. Embora não exista uma resposta definitiva ainda, a ciência tem avançado muito nessa área e já aponta algumas estratégias que podem ajudar a reduzir os riscos. Vamos falar sobre o que sabemos até agora.
Por que o Alzheimer acontece?
A Doença de Alzheimer é complexa e suas causas ainda não são totalmente compreendidas. Pesquisas indicam que ela surge de uma interação entre fatores genéticos, envelhecimento, condições médicas e estilo de vida.
Embora não possamos mudar aspectos como a idade ou os genes, outros fatores, como a saúde do coração, alimentação e atividade física, estão sob nosso controle e podem fazer a diferença.
Cuidar do coração é cuidar do cérebro
Você sabia que problemas cardiovasculares, como hipertensão, diabetes e colesterol alto, também podem aumentar o risco de Alzheimer? Estudos mostram que até 80% das pessoas com Alzheimer têm doenças cardiovasculares associadas. Por isso, manter a saúde do coração em dia não beneficia apenas o corpo, mas também protege o cérebro.
Dicas práticas para um coração (e cérebro) saudável:
Controle sua pressão arterial com consultas regulares e hábitos saudáveis.
Evite o consumo excessivo de sal e açúcar.
Faça exames para monitorar colesterol e glicemia.
O papel do exercício e da alimentação
Mover o corpo faz bem à mente! Exercícios físicos melhoram o fluxo sanguíneo no cérebro, estimulam a regeneração de células nervosas e fortalecem as conexões entre elas. Atividades como caminhadas, natação ou danças são excelentes opções para começar.
Na alimentação, uma dieta equilibrada também pode reduzir o risco.
Atividade mental e social: a ginástica do cérebro
Manter a mente ativa é essencial. Resolver palavras-cruzadas, aprender algo novo ou até mesmo socializar com amigos e familiares estimula as conexões entre os neurônios. Além disso, a interação social ajuda a diminuir o estresse, que pode ser um fator de risco para o declínio cognitivo.
Traumatismos cranianos e prevenção
Proteja a sua cabeça! Traumatismos cranianos graves, especialmente aqueles que envolvem perda de consciência, podem aumentar o risco de Alzheimer. Algumas medidas para reduzir esse risco incluem:
Usar cinto de segurança no carro.
Usar capacete ao andar de bicicleta ou praticar esportes.
Evitar quedas em casa, garantindo que o ambiente esteja seguro.
O que a ciência diz sobre o futuro?
Pesquisas estão em andamento para compreender melhor como prevenir o Alzheimer. Estudos como o ensaio clínico A4 estão investigando maneiras de diagnosticar a doença mais cedo e desenvolver tratamentos que possam interromper sua progressão. A ciência também tem explorado como fatores como atividade cerebral e genética podem ajudar a prever o risco.

Pequenas mudanças, grande impacto
Embora não haja garantias, adotar hábitos saudáveis pode não só reduzir o risco de Alzheimer como melhorar sua qualidade de vida. Cuidar da saúde física e mental é uma escolha diária que vale a pena.
Sou Dra. Ariely Teotonio Borges, médica neurologista, e trabalho junto com cada um dos meus pacientes, utilizando estratégias que os ajudem a melhorar sua rotina e qualidade de vida.
Fontes Consultadas:
Alzheimer’s Association (www.alz.org)
Mayo Clinic (www.mayoclinic.org)
National Institute on Aging (www.nia.nih.gov)
Harvard Health Publishing (www.health.harvard.edu)
Cleveland Clinic (www.clevelandclinic.org)
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