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Blefaroespasmo: Entendendo o Tremor dos Olhos

Foto do escritor: Ariely Teotonio BorgesAriely Teotonio Borges

Quem nunca experimentou um tremor ou piscar involuntário nas pálpebras? Embora comum e passageiro para muitos, para alguns, essa condição pode ser persistente e preocupante. Hoje, vou falar sobre o Blefaroespasmo, um distúrbio neurológico que afeta os músculos ao redor dos olhos e que merece nossa atenção.


O que é e o que causa o Blefaroespasmo?

O Blefaroespasmo é um distúrbio neurológico caracterizado por contrações involuntárias e repetidas das pálpebras. Em termos simples, é quando as pálpebras se contraem sem que você queira, como se estivessem piscando ou tremendo de forma descontrolada.

Existem duas principais categorias de Blefaroespasmo: primário e secundário.

  • Blefaroespasmo Primário: É quando as contrações das pálpebras ocorrem sem uma causa conhecida ou identificável. Em essência, o espasmo é a única condição presente.

  • Blefaroespasmo Secundário: Ocorre quando as contrações musculares surgem como resposta a outras condições oculares ou que afetam o sistema nervoso. As causas do blefaroespasmo secundário podem incluir:

    • Trauma ocular

    • Blefarite (inflamação ou infecção das pálpebras)

    • Conjuntivite, irite, ceratite

    • Olho seco

A causa exata do Blefaroespasmo do tipo primário ainda é desconhecida. Fatores como estresse, fadiga ocular, irritações oculares e problemas neurológicos também podem contribuir ou desencadear o blefaroespasmo.


Sintomas do Blefaroespasmo (tremor dos olhos)

Os sintomas geralmente começam de maneira leve e vão progredindo com o tempo. Eles incluem:

  • Piscar excessivamente: Um aumento na frequência de piscar.

  • Espasmos involuntários: Contrações involuntárias que fazem as pálpebras fecharem.

  • Sensibilidade à luz: Aumento da sensibilidade à luz pode ocorrer em alguns casos.

  • Dificuldade em manter os olhos abertos: Em casos graves, os espasmos podem ser tão intensos que torna difícil para a pessoa manter os olhos abertos.

Diagnóstico do Blefaroespasmo

O diagnóstico do Blefaroespasmo é essencialmente clínico. Se você estiver apresentando sintomas consistentes, um neurologista ou oftalmologista realizará uma avaliação detalhada. Em alguns casos, outros testes podem ser realizados para descartar condições relacionadas ou subjacentes.


Tratamento para o Blefaroespasmo

O tratamento visa controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Entre as opções, temos:

  • Toxina botulínica: Esta é uma das abordagens mais eficazes. Ajuda a relaxar os músculos das pálpebras.

  • Medicamentos: Alguns medicamentos que afetam a transmissão neuromuscular podem ser úteis.

  • Terapia: Técnicas de relaxamento podem ajudar em casos leves ou como complemento.

  • Cirurgia: Em casos raros, uma cirurgia chamada miectomia pode ser considerada.

Conclusão

Embora possa ser desconfortável e até mesmo alarmante para alguns, é uma condição que pode ser eficazmente gerenciada com o tratamento correto. Se você ou alguém que conhece está enfrentando sintomas consistentes, busque a orientação de um especialista. Estar bem informado é fundamental para enfrentar e gerenciar qualquer condição de saúde, garantindo bem-estar e qualidade de vida.


Sou Dra. Ariely Teotonio Borges, médica neurologista e trabalho juntamente com cada um dos meus pacientes, com estratégias que os ajudem a melhorar sua rotina de vida.



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