A enxaqueca pode ser dividida em dois estados:
Enxaqueca episódica (menos de 14 dias de dor de cabeça por mês)
Enxaqueca crônica (15 ou mais dias de dor de cabeça por mês)
A International Headache Society define enxaqueca crônica como dor de cabeça que ocorre em 15 ou mais dias por mês por mais de três meses, onde pelo menos 8 desses dias de dor de cabeça apresentam características de enxaqueca:
A dor é moderada ou intensa e frequentemente intensa.
A dor pode ser de um lado ou na cabeça ou em ambos.
A dor de cabeça causa uma sensação latejante ou pulsante.
A dor piora com atividade física ou movimento.
O paciente pode ter náuseas, vômitos e/ou sensibilidade à luz e ao som junto com a dor de cabeça.
A cronificação da enxaqueca representa um aumento consistente na sua frequência de crises até que, na maioria dos casos, ela se desenvolve em um estado de enxaqueca constante e muito frequente e incapacitante. Essa situação acaba interferindo na rotina de vida, no trabalho e resulta em um alto fardo da doença.
O desenvolvimento para a enxaqueca crônica não ocorre em todos os pacientes. Portanto, é importante ficar atento aos fatores de risco associados à sua cronificação.
Quais são os fatores de risco?
A enxaqueca crônica tem alguns fatores de risco comuns, mas tratáveis. Alguns exemplos de fatores de risco incluem:
Uso de alta frequência ou uso excessivo de medicamentos analgésicos
Depressão
Ronco habitual
Alto consumo de cafeína
Obesidade
Distúrbios do sono
Baixa eficácia do tratamento da enxaqueca aguda
Náuseas persistentes e frequentes
Asma
Tratamento da Enxaqueca Crônica
É muito importante que o médico seja realista com o paciente sobre o tratamento. O objetivo geral é o controle das dores de cabeça e não a eliminação total das dores. No tratamento é razoável esperar reduções na frequência, na gravidade, na duração e/ou incapacidade relacionada à enxaqueca.
O tratamento é composto por duas vertentes, as quais precisam ser colocadas em prática juntas.
Uso de Medicamentos/Procedimentos
Modificação de Estilo de vida
Os medicamentos preventivos de primeira linha para enxaqueca crônica incluem:
Propranolol
Amitriptilina
Topiramato
Ácido valpróico e seus derivados
Os medicamentos de segunda e terceira linha são sugeridos para pacientes com contraindicação ou resposta inadequada ao tratamento de primeira linha. Entre as opções de segunda linha estão:
Toxina Botulínica
Bloqueador do nervo occipital
Anticorpos monoclonais
Outros antidepressivos como Venlafaxina
Outros beta-bloqueadores como o Atenolol
Outros anticonvulsivantes como a Gabapentina
Outros medicamentos
Sobre o estilo de vida é essencial que o paciente ajuste sua alimentação, comece a fazer atividade física regular, crie o hábito de se manter sempre hidratado, crie uma rotina de sono saudável e aprenda técnica para o controle do estresse.
Além disso, o paciente também tem o tratamento da fase aguda, aquele usado quando a crise já está instalada.
Quanto mais cedo começar o tratamento, melhores serão os resultados. Converse com seu neurologista.
Sou Dra. Ariely Teotonio Borges, médica neurologista e trabalho juntamente com cada um dos meus pacientes, com estratégias que os ajudem a melhorar sua rotina de vida e minimizar sua necessidade de medicamentos.
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